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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Reajuste deve ser incluído em orçamento de condomínios

Ao passar a limpo a previsão orçamentária para 2008, é preciso levar em conta o reajuste médio na mensalidade de condomínios residenciais em São Paulo, que deverá ser de 4,5%.
A estimativa é de Abdon Gabriel de Souza Filho, da administradora Prop Starter, que considerou reajustes de folha de pessoal (6%), água (4,12%), energia elétrica (12,66%) e prestação de serviços (7,75%, com base no IGP-M - Índice Geral de Preços --Mercado).
O número é corroborado pela Aabic (associação de administradoras de São Paulo).
Folha de pessoal, conta de água e manutenção mensal de elevadores são as despesas que mais pesam, mas algumas medidas no cotidiano do prédio impedem que fiquem maiores.
Evite horas extras e mantenha um rigoroso controle do consumo de água, para detectar rapidamente vazamentos.
É bom lembrar que os coeficientes de tarifação de água variam. "No verão, como o consumo é maior, pode ser que mude a faixa de tarifação, e a conta fique bem acima da média do prédio", alerta Rodrigo Matias, diretor da Matias Imóveis.
Uma boa chance de conter gastos está na negociação de contratos com prestadores de serviço. O seguro predial é um dos itens que têm grande variação de preço, aponta o síndico Sergio Teixeira Rodrigues.
Engenheiro aposentado, Rodrigues conta que se reúne com cada empresa para discutir preços e condições de contrato e, assim, poder barganhar.
Já o síndico Carlos Teske diz que, por meio de negociação, renovou o contrato de manutenção do elevador sem reajustes em dois anos consecutivos.
Sua dica é ser firme, "já que é do interesse da empresa continuar prestando o serviço".
Teske aplica suas competências de vendedor e de técnico mecânico para evitar que prestadores e fornecedores superfaturem material de construção ou executem serviços desnecessários, como trocar peças ainda em bom estado.
"Faço cotação de preços do material necessário, para comparar com os que as empresas oferecem", ensina.
Uma variável que não pode ser esquecida no planejamento é a inadimplência. "Costuma estar entre 10% e 20%, valor que precisa ser rateado entre os demais condôminos", diz Alexandre Ximenes, diretor da administradora Itambé.
E, para não terminar o ano com rateio extra, desde já é importante incluir na mensalidade os valores de 13º salário e férias dos empregados do prédio.
"Diluindo essas despesas, evita-se uma mensalidade excessiva em novembro e dezembro", afirma Ana Paula Pellegrino, diretora da Adbens.
DÉBORA FANTINIda Folha de S.Paulo
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